porque apesar das minhas orações, tu não voltas... porque tudo isto deixa assim de ser meu
ODE A QUEM DE LÁ NÃO VOLTA POR NUNCA DE LÁ TER PARTIDO
Lembro-te no teu
altar a côr de vela de santuário
(Quanto tempo faz que partiste?
Quanto o tempo que te fez mito?)
Me parece eterno
o teu corpo
exactamente assim
desde o dia impreciso em no-que-te-tornáste
Não há inicio de ti.
Lembro
milimétricamente o teu nariz
oblongo
-precisão estática-
e a maneira como caminhas sem tocar o chão
no corpo dos outros
antes de ti
antes de os conheceres
assustadora omnisciencia
Terei tocado teus quadris
poderia ter tocado teus quadris
de Sangue
e não seria mais imoral que tocar a forma esculpida
de um qualquer antecedente teu
assustadora descendência
Não há fim de ti,
no teu olímpo, diluído de céu.
9.1.05
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